Na ciência geográfica, a observação dos mínimos conceitos fazem a diferença e podem apresentar características que, de acordo com uma realidade, assumem uma dinâmica variada e atendem a expectativa de uma sociedade ou de grupos específicos, de maneira diversificada. Este texto traz a perspectiva de elucidar alguns conceitos básicos de indicadores sociais como IDH, região populosa, densidade demográfica, natalidade, mortalidade, crescimento vegetativo mortalidade infantil, fecundidade e suas características bem como entender o motivo de sua construção e transformação, visando mudanças e recebendo críticas para quê dentro destes parâmetros, possamos criar um espaço de debates e críticas que melhorem cada vez mais o aprofundamento da temática. O texto será dividido em 2 partes: na primeira será apresentada as noções de cada indicador social descrito anteriormente e na segunda parte será apresentada uma discussão para a temática com o intuito de se criar novas dúvidas e formular novas hipóteses.
1. Conceituação dos indicadores sociais
a) IDH – Índice de desenvolvimento humano. Avalia aspectos sociais e econômicos de uma população baseada em critérios gerais e específicos, visando sempre a totalidade e uma realidade. Sua escala varia de 0 a 1 onde quem estiver mais próximo do 0 tem um IDH baixo (referente mais aos países pobres), quem estiver mais próximo do 1 tem um IDH alto (referente mais aos países ricos) e quem estiver em níveis intermediários aproximam-se mais dos países emergentes ou em desenvolvimento.
b) Região populosa – área que concentra uma grande quantidade de pessoas comparando, obviamente, com outras regiões do entorno ou das redondezas.
c) Densidade demográfica – divisão do número total de habitantes pela área. É dada pela grandeza habitantes por quilômetro quadrado ou hab./km2. Podemos ter regiões com alta (quando o número de habitantes é extremamente superior a área oferecida. Ex: 300 hab./km2 ), baixa (quando o número de habitantes é extremamente inferior a área oferecida. Ex: 5 hab./ km2 ) ou média densidade demográfica (quando o número de habitantes é equilibrado a área oferecida. Ex: 20 hab./ km2).
d) Taxa de natalidade – número de pessoas que nascem no decorrer de um ano em uma região. O nome natalidade vem da palavra Natal que remete-se ao nascimento do menino Jesus. Podemos achar a taxa de natalidade de um país, por exemplo, avaliando o total de pessoas em um ano e o quanto essa população cresceu no ano seguinte, estipulando-se a percentagem ou porcentagem (%). Se por exemplo, a taxa de natalidade é de 50 % quer dizer que a população, no ano seguinte, aumentou pela metade, ou seja, se tínhamos 500 pessoas numa cidade, no ano seguinte passaremos a ter 750 pessoas.
e) Taxa de mortalidade - número de pessoas que morrem no decorrer de um ano em uma região. O nome mortalidade vem da palavra morte e tem como sinônimos falecimento ou óbito. Podemos achar a taxa de mortalidade de um país, por exemplo, avaliando o total de pessoas em um ano e o quanto essa população decresceu no ano seguinte, estipulando-se a percentagem ou porcentagem (%). Se por exemplo, a taxa de mortalidade é de 50 % quer dizer que a população, no ano seguinte, diminuiu pela metade, ou seja, se tínhamos 500 pessoas numa cidade, no ano seguinte passaremos a ter 250 pessoas.
f) Crescimento vegetativo – diferença entre a taxa de natalidade e a de mortalidade. Podemos ter 3 tipos:
· Positivo: Natalidade > Mortalidade (nasce mais gente que morre)
· Negativo: Natalidade < Mortalidade (morre mais gente que nasce)
· Nulo: Natalidade ≈ Mortalidade ( nascimento equilibrado a morte)
g) Taxa de mortalidade infantil – número de crianças que morrem, de 1000 que nascem, antes de completarem 1 ano de vida. Podemos achar a taxa de mortalidade infantil de um país, por exemplo, avaliando o total de crianças que nascem e que, dentro desse quadro, as que morrem antes de completar 1 ano. Se por exemplo, a taxa é de 200 ‰ (por mil) quer dizer que de 1000 crianças que nascem, 200 morrem antes de completarem 1 ano de vida.
h) Taxa de fecundidade – número médio de filhos que uma mulher entre 15 e 49 anos de idade, pode ter. Se por exemplo, a taxa é de 5 filhos, quer dizer que a média em um país de filhos de uma mulher é de 5, ou seja, uma mulher pode ter 9 filhos e a outra 1 só que a média, delas duas, continua a ser de 5 filhos para cada.
2. Análise dos indicadores: uma visão geral e de Brasil
Posteriormente a ser apresentado cada conceito referente ao quadro social, serão discutidas algumas situações que podem possibilitar ao debate e consequentemente, formulação de novas idéias. Para isso, é necessário que o leitor tenha o entendimento preliminar do texto, inclusive instrumentalizando as atividades e colocando pontos de vista diferenciados.
Todos os indicadores sociais, por mais que tentem avaliar só esse aspecto mundial, não tem como desvencilhar-se do setor econômico porque um depende do outro. O IDH, por exemplo, refere-se muito ao padrão e a expectativa de vida porque a principio, quanto melhor a situação financeira de uma pessoa, melhor as condições de vida e a tendência é que ela viva por muito mais tempo porque terá mais acesso a boas condições de saúde, moradia, educação, lazer, etc, enfim, satisfação total. O Brasil, por exemplo, possui um IDH próximo de 0,8 ou seja, analisando esse dado, dá pra se ter uma idéia que a maioria das condições sociais do Brasil são precárias quando , na verdade, encontramos nesse mesmo país, desigualdades, pessoas morando debaixo da ponte, sem nada para comer e com poucas ou disponíveis atividades culturais. O IDH dos países mais ricos se assemelha mais próximo do 1 como apresentado antes, mas, logicamente, eles tem condições sociais e econômicas muito mais fortalecidas do que os países pobres e o detalhe é que, em alguns casos, esses últimos são explorados com relação aos primeiros.
Quando nos reportamos a região populosa e densidade demográfica podemos pensar da seguinte forma: quanto mais pessoas num espaço, maior será a concorrência por oportunidades, gerando desemprego, segregação, etc. Isso sem falar que, como as oportunidades não são para todos, alguns vão passar fome e miséria enquanto outras terão luxo e abundância. Nesse caso, é interessante que as áreas não sejam tão concentradas e que a distribuição dos serviços sociais, medicamentos e alimentos, por exemplo, sejam ofertados de forma equilibrada para todos e que o setor financeiro não se sobreponha a expectativa social. No Brasil, com dados do último censo, a densidade demográfica do Brasil é de aproximadamente 25 a 30 habitantes por quilômetro quadrado, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul, mas sabemos que nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e principalmente na região Norte, a densidade demográfica é baixa, o que não explica que essas 3 regiões, coincidentemente, não sejam as menos ricas do Brasil.
Com relação as taxas vistas anteriormente podemos fazer algumas análises: quanto maior a taxa de natalidade ou o crescimento vegetativo podemos verificar que o quadro social no país é bom e que estimula as pessoas a fazerem mais filhos como também observar, nesse mesmo país, que não existem políticas públicas nem muito menos mensagens de estímulo para coibir a origem de crianças no mundo, aumentando os índices de miséria e a linha de pobreza existente. Quanto maior a taxa de mortalidade, os índices sociais podem ser baixos, com muita fome e proliferação de doenças e, principalmente, com a queda de expectativas que afligem países principalmente na África. No Brasil, a taxa de natalidade sempre supera a de mortalidade, indicando anualmente um crescimento da população brasileira (embora mais lento), a taxa de mortalidade infantil é relativa segundo a região brasileira, sendo maior no Norte-Nordeste e a taxa de fecundidade é de 2 a 3 filhos, possibilitando uma compreensão de que as famílias compreenderam que quanto mais gente no país, maior a tendência para a miséria já que não se possui a quantidade equilibrada de recursos para todos.
Resumindo-se tudo apresentado anteriormente, os países do Norte demonstram aspectos positivos com relação aos quadros sociais enquanto os países do Sul apresentam mais para um lado negativo. É importante destacar o lado dos países emergentes como o Brasil que apresentam sintomas de mudança e, embora com tantas desigualdades, está se aproximando dos países ricos e com boas perspectivas para o futuro. Será que isso se confirma em épocas de crise econômica?
Luis Magno
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