sábado, 9 de maio de 2009

Indicadores sociais mundiais

Na ciência geográfica, a observação dos mínimos conceitos fazem a diferença e podem apresentar características que, de acordo com uma realidade, assumem uma dinâmica variada e atendem a expectativa de uma sociedade ou de grupos específicos, de maneira diversificada. Este texto traz a perspectiva de elucidar alguns conceitos básicos de indicadores sociais como IDH, região populosa, densidade demográfica, natalidade, mortalidade, crescimento vegetativo mortalidade infantil, fecundidade e suas características bem como entender o motivo de sua construção e transformação, visando mudanças e recebendo críticas para quê dentro destes parâmetros, possamos criar um espaço de debates e críticas que melhorem cada vez mais o aprofundamento da temática. O texto será dividido em 2 partes: na primeira será apresentada as noções de cada indicador social descrito anteriormente e na segunda parte será apresentada uma discussão para a temática com o intuito de se criar novas dúvidas e formular novas hipóteses.

1. Conceituação dos indicadores sociais

a) IDH – Índice de desenvolvimento humano. Avalia aspectos sociais e econômicos de uma população baseada em critérios gerais e específicos, visando sempre a totalidade e uma realidade. Sua escala varia de 0 a 1 onde quem estiver mais próximo do 0 tem um IDH baixo (referente mais aos países pobres), quem estiver mais próximo do 1 tem um IDH alto (referente mais aos países ricos) e quem estiver em níveis intermediários aproximam-se mais dos países emergentes ou em desenvolvimento.

b) Região populosa – área que concentra uma grande quantidade de pessoas comparando, obviamente, com outras regiões do entorno ou das redondezas.

c) Densidade demográfica – divisão do número total de habitantes pela área. É dada pela grandeza habitantes por quilômetro quadrado ou hab./km2. Podemos ter regiões com alta (quando o número de habitantes é extremamente superior a área oferecida. Ex: 300 hab./km2 ), baixa (quando o número de habitantes é extremamente inferior a área oferecida. Ex: 5 hab./ km2 ) ou média densidade demográfica (quando o número de habitantes é equilibrado a área oferecida. Ex: 20 hab./ km2).

d) Taxa de natalidade – número de pessoas que nascem no decorrer de um ano em uma região. O nome natalidade vem da palavra Natal que remete-se ao nascimento do menino Jesus. Podemos achar a taxa de natalidade de um país, por exemplo, avaliando o total de pessoas em um ano e o quanto essa população cresceu no ano seguinte, estipulando-se a percentagem ou porcentagem (%). Se por exemplo, a taxa de natalidade é de 50 % quer dizer que a população, no ano seguinte, aumentou pela metade, ou seja, se tínhamos 500 pessoas numa cidade, no ano seguinte passaremos a ter 750 pessoas.

e) Taxa de mortalidade - número de pessoas que morrem no decorrer de um ano em uma região. O nome mortalidade vem da palavra morte e tem como sinônimos falecimento ou óbito. Podemos achar a taxa de mortalidade de um país, por exemplo, avaliando o total de pessoas em um ano e o quanto essa população decresceu no ano seguinte, estipulando-se a percentagem ou porcentagem (%). Se por exemplo, a taxa de mortalidade é de 50 % quer dizer que a população, no ano seguinte, diminuiu pela metade, ou seja, se tínhamos 500 pessoas numa cidade, no ano seguinte passaremos a ter 250 pessoas.

f) Crescimento vegetativo – diferença entre a taxa de natalidade e a de mortalidade. Podemos ter 3 tipos:
· Positivo: Natalidade > Mortalidade (nasce mais gente que morre)
· Negativo: Natalidade < Mortalidade (morre mais gente que nasce)
· Nulo: Natalidade ≈ Mortalidade ( nascimento equilibrado a morte)

g) Taxa de mortalidade infantil – número de crianças que morrem, de 1000 que nascem, antes de completarem 1 ano de vida. Podemos achar a taxa de mortalidade infantil de um país, por exemplo, avaliando o total de crianças que nascem e que, dentro desse quadro, as que morrem antes de completar 1 ano. Se por exemplo, a taxa é de 200 ‰ (por mil) quer dizer que de 1000 crianças que nascem, 200 morrem antes de completarem 1 ano de vida.

h) Taxa de fecundidade – número médio de filhos que uma mulher entre 15 e 49 anos de idade, pode ter. Se por exemplo, a taxa é de 5 filhos, quer dizer que a média em um país de filhos de uma mulher é de 5, ou seja, uma mulher pode ter 9 filhos e a outra 1 só que a média, delas duas, continua a ser de 5 filhos para cada.

2. Análise dos indicadores: uma visão geral e de Brasil

Posteriormente a ser apresentado cada conceito referente ao quadro social, serão discutidas algumas situações que podem possibilitar ao debate e consequentemente, formulação de novas idéias. Para isso, é necessário que o leitor tenha o entendimento preliminar do texto, inclusive instrumentalizando as atividades e colocando pontos de vista diferenciados.
Todos os indicadores sociais, por mais que tentem avaliar só esse aspecto mundial, não tem como desvencilhar-se do setor econômico porque um depende do outro. O IDH, por exemplo, refere-se muito ao padrão e a expectativa de vida porque a principio, quanto melhor a situação financeira de uma pessoa, melhor as condições de vida e a tendência é que ela viva por muito mais tempo porque terá mais acesso a boas condições de saúde, moradia, educação, lazer, etc, enfim, satisfação total. O Brasil, por exemplo, possui um IDH próximo de 0,8 ou seja, analisando esse dado, dá pra se ter uma idéia que a maioria das condições sociais do Brasil são precárias quando , na verdade, encontramos nesse mesmo país, desigualdades, pessoas morando debaixo da ponte, sem nada para comer e com poucas ou disponíveis atividades culturais. O IDH dos países mais ricos se assemelha mais próximo do 1 como apresentado antes, mas, logicamente, eles tem condições sociais e econômicas muito mais fortalecidas do que os países pobres e o detalhe é que, em alguns casos, esses últimos são explorados com relação aos primeiros.
Quando nos reportamos a região populosa e densidade demográfica podemos pensar da seguinte forma: quanto mais pessoas num espaço, maior será a concorrência por oportunidades, gerando desemprego, segregação, etc. Isso sem falar que, como as oportunidades não são para todos, alguns vão passar fome e miséria enquanto outras terão luxo e abundância. Nesse caso, é interessante que as áreas não sejam tão concentradas e que a distribuição dos serviços sociais, medicamentos e alimentos, por exemplo, sejam ofertados de forma equilibrada para todos e que o setor financeiro não se sobreponha a expectativa social. No Brasil, com dados do último censo, a densidade demográfica do Brasil é de aproximadamente 25 a 30 habitantes por quilômetro quadrado, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul, mas sabemos que nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e principalmente na região Norte, a densidade demográfica é baixa, o que não explica que essas 3 regiões, coincidentemente, não sejam as menos ricas do Brasil.
Com relação as taxas vistas anteriormente podemos fazer algumas análises: quanto maior a taxa de natalidade ou o crescimento vegetativo podemos verificar que o quadro social no país é bom e que estimula as pessoas a fazerem mais filhos como também observar, nesse mesmo país, que não existem políticas públicas nem muito menos mensagens de estímulo para coibir a origem de crianças no mundo, aumentando os índices de miséria e a linha de pobreza existente. Quanto maior a taxa de mortalidade, os índices sociais podem ser baixos, com muita fome e proliferação de doenças e, principalmente, com a queda de expectativas que afligem países principalmente na África. No Brasil, a taxa de natalidade sempre supera a de mortalidade, indicando anualmente um crescimento da população brasileira (embora mais lento), a taxa de mortalidade infantil é relativa segundo a região brasileira, sendo maior no Norte-Nordeste e a taxa de fecundidade é de 2 a 3 filhos, possibilitando uma compreensão de que as famílias compreenderam que quanto mais gente no país, maior a tendência para a miséria já que não se possui a quantidade equilibrada de recursos para todos.
Resumindo-se tudo apresentado anteriormente, os países do Norte demonstram aspectos positivos com relação aos quadros sociais enquanto os países do Sul apresentam mais para um lado negativo. É importante destacar o lado dos países emergentes como o Brasil que apresentam sintomas de mudança e, embora com tantas desigualdades, está se aproximando dos países ricos e com boas perspectivas para o futuro. Será que isso se confirma em épocas de crise econômica?
Luis Magno

Sociedade, comunidade, povo, população, cidadão e Estado

Na ciência geográfica, a observação dos mínimos conceitos fazem a diferença e podem apresentar características que, de acordo com uma realidade, assumem uma dinâmica variada e atendem a expectativa de uma sociedade ou de grupos específicos, de maneira diversificada. Este texto traz a perspectiva de elucidar alguns conceitos básicos de análise da sociedade, comunidade, povo, população, cidadão e Estado, suas características bem como entender o motivo de sua construção e transformação, visando mudanças e recebendo críticas para quê dentro destes parâmetros, possamos criar um espaço de debates e críticas que melhorem cada vez mais o aprofundamento da temática. O texto será dividido em 3 partes: na primeira será apresentada as noções de sociedade e comunidade bem como suas diferenças; observação e exemplo do conceito de povo, população e cidadão inclusive baseado na Constituição brasileira (conjunto de regras básicas que os brasileiros deverão adotar e os direitos disponíveis) e o conceito de Estado, suas características, suas vantagens e obrigações, sempre numa análise discursiva e que possa favorecer a amplidão do debate.

1. Sociedade e comunidade
A prática conceitual é extremamente relevante para que com que a realidade não seja distorcida e diferenciada de um modo que crie desigualdades, por exemplo. Uma dessas práticas a serem utilizadas corretamente é a diferença entre sociedade e comunidade, mas antes disso, será apresentado o que representa cada tópico desses:
a) Sociedade: conjunto de pessoas com objetivos generalizados e que, a principio, deveriam almejar o bem coletivo em detrimento do bem individual. Como exemplos, podemos citar a sociedade humana, de abelhas, de formigas etc. Segundo o livro Geografia Crítica volume 2, ano 2005, sociedade é um agrupamento de indivíduos que vivem juntos num certo espaço geográfico e se relacionam com determinadas regras e se dividem em dois tipos: sociedade humana em geral e a sociedade particular os específica.
b) Comunidade: conjunto de pessoas com objetivos específicos e que, semelhante a sociedade, privilegiam o bem-estar coletivo, juntando-se em organizações ou não mas com um propósito único e definido. Ex: comunidade de um bairro, de uma escola, etc.

Um ponto em comum referente aos dois conceitos apresentados anteriormente é que eles se disponibilizam de uma organização, tanto em sua conjuntura quanto espacial, ou seja, uma sociedade ou uma comunidade precisam de membros que assumam determinadas regras e que essas sejam reflexos de uma construção ou transformação do espaço com objetivos pré-definidos ou com uma certa lógica.

2. Povo, população e cidadão

Estes três conceitos a serem discutidos agora são baseados tanto em noções generalizadas quanto a níveis específicos resultantes na Constituição brasileira. Antes da discussão sobre os conceitos, é importante embasá-los preliminarmente. A seguir, duas versões sobre os subtópicos:

Povo – soma dos naturais de um território
População – soma de todas as pessoas que habitam determinado território, em determinado momento
Cidadão – parcela do povo que é titular de capacidade eleitoral ativa, ou seja, do poder de votar, e assim inferir nas decisões políticas e na vida institucional do Brasil, direta ou indiretamente.

Fonte: módulo MPU Vestcon 2006

Povo – grupos de pessoas que falam a mesma língua e possuem as mesmas tradições. Ex: povo brasileiro, inglês, judeu, etc. Fonte: Geografia Crítica volume 2, ano 2005.
As nomenclaturas são essenciais para o entendimento da sociedade e avaliação do quadro sócio-econômico de uma região. Povo, podemos exemplificar como o feirense, o baiano, o brasileiro etc. População pode ser todo o povo e mais as pessoas que não são originárias do território como migrantes. Das três nomenclaturas, cidadão é a mais importante porque são eles que definem a dinâmica política de um país e que apresentam as perspectivas para a diminuição das desigualdades através do voto.


3. Estado

A noção de Estado que será discutida aqui não se refere aos estados brasileiros como Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro etc, nem tampouco ao sentido de estado de uma pessoa referente a parte sentimental ou de saúde. O Estado aqui será vislumbrado no aspecto político, suas características e suas organizações que condicionam a existência das categorias sociais estudadas anteriormente (sociedade, comunidade, povo, população e cidadão).
Para muitas pessoas, a maioria sem um grau de instrução adequado ou com falta de informações, refere-se o sentido de Estado como o mesmo de governo só que é necessário apresentar que o governo é parte integrante do Estado, ou seja, este deve ser visto e interpretado de uma forma mais ampla e direcionada para o bem estar coletivo.Para um entendimento mais simples, o Estado pode ser encarado como o conjunto de instituições de um país( polícia, Ministério, Tribunais federais, etc) centralizados numa organização administrativa. No caso do Brasil, a liderança do Estado não pertence ao PT (Partido dos trabalhadores que é o mesmo do presidente Lula) mas um conjunto de instituições que visam manter co controle da sociedade e sempre na busca do desenvolvimento econômico e social.
Com base na Constituição da República Federativa do Brasil, o Estado é visto como regulador de questões sociais e sua participação é importantíssima para a sociedade e para a manutenção do respeito com relação aos outros países. Vamos ver como a Constituição observa o Estado de acordo com o Artigo 1º:

Art. 1º: A República Federativa do Brasil formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem com fundamentos: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.

Ainda segundo a nossa Constituição e com base no Artigo 3º, o Estado tem alguns propósitos descritos assim:

Art. 3º: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: constituir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Com uma análise desses dois artigos, temos a idéia de que o Estado é regrado, porém ele estabelece direitos políticos a sociedade, orientando determinadas ações e seguindo padrões que não fujam da realidade, que busquem sempre alternativas renovadoras e que diminuam as desigualdade sociais, colocando o Brasil num patamar de respeito tanto interna quanto externamente.
Além do que foi descrito anteriormente, o Estado apresenta algumas funções como:
1) Político-administrativa: definir as bases de atuação política, garantindo deveres e direitos fundamentais e controlando o alcance de atuação da sociedade brasileira. Ex: órgãos públicos
2) Econômica: promover o desenvolvimento financeiro para que se alcance um equilíbrio mundial ou superação econômica baseada sempre na realidade e com boas perspectivas de crescimento. Ex: CEF ou Caixa econômica federal (financiamentos de casas próprias ou empréstimos) e o BNDES ou Banco Nacional de desenvolvimento (fornece empréstimos para empresas, por exemplo, se reestruturarem ou iniciarem os seus investimentos).
3) Social: auxiliar no desenvolvimento social, promovendo políticas públicas de inclusão e operando com atividades necessárias a sociedade como saúde, educação, moradia, lazer, entre outras. Para mitigar situações de pobreza, por exemplo, é necessária a intervenção do Estado em parceria muitas vezes com empresas privadas ou particulares, porém, este intuito é obrigação do primeiro.
Luis Magno

domingo, 3 de maio de 2009

Espaço natural e geográfico: sua formação, suas características e seu desenvolvimento

Na ciência geográfica, a observação dos mínimos conceitos fazem a diferença e podem apresentar características que, de acordo com uma realidade, assumem uma dinâmica variada e atendem a expectativa de uma sociedade ou de grupos específicos, de maneira diversificada. Este texto traz a perspectiva de elucidar alguns conceitos básicos de análise do espaço natural e do geográfico e suas características bem como entender o motivo de sua construção e transformação, visando mudanças e recebendo críticas para quê dentro destes parâmetros, possamos criar um espaço de debates e críticas que melhorem cada vez mais o aprofundamento da temática. O texto será dividido em 3 partes: na primeira será apresentado o espaço natural e suas peculiaridades, na segunda parte será observada a formação e evolução do espaço geográfico e na terceira parte será apresentada a ligação entre os dois espaços e a realidade de hoje em dia com sérias conseqüências para o mundo em sua totalidade.

1. Espaço natural

Para a Geografia, o espaço natural é também conhecido como 1ª natureza ou espaço original ou ainda como espaço sem a participação humana. São os rios, montanhas, árvores, animais, praias, lagoas, etc. É importante destacar que, na formação desse espaço e na sua visualização, inexiste a participação humana, ou seja, o homem não é o agente de construção desse espaço. Os elementos naturais possuem padrões organizados e que, dependendo da sua arrumação na totalidade da natureza, podem em conjunto apresentarem conseqüências diferenciadas e extremas ou não, tudo obviamente dependendo da amplitude dos fatos. Consideravelmente, as regras a serem ditadas pela natureza dependem da combinação das 4 principais camadas da Terra:

a) Atmosfera – camada de ar ou gasosa que envolve a Terra. É nela que acontecem os fenômenos meteorológicos, também onde nos possibilita a respiração e que permite a continuidade da vida humana citando por exemplo a proteção que fornece aos seres vivos com relação ao efeito estufa e a camada de ozônio (O3). A preocupação atual é com sua degradação principalmente relacionada ao aumento do câncer de pele (provocada pela maior propagação de raios nocivos a nossa saúde e por causa da destruição da camada de ozônio) e pelo aquecimento da temperatura da Terra que propicia o derretimento das geleiras e o aumento do nível dos oceanos destruindo habitações.
b) Hidrosfera – camada de água ou massas líquidas da Terra compreendendo os rios, mares, oceanos, lagos, águas subterrâneas, etc. É a partir dessa camada da Terra que se desenvolve uma rica biodiversidade, onde o homem pode locomover-se de um local para o outro, onde é gerada energia elétrica e onde o homem se abastece. Também atualmente existe uma preocupação com sua camada, principalmente ao que corresponde a utilização de água potável (para o consumo humano) que representa aproximadamente 0,3% de toda a água no mundo e que está em fase de término fazendo com que alguns países invistam em equipamentos de dessalinização (transformam água salgada em água doce).
c) Litosfera – camada sólida da Terra que auxiliada com a força da gravidade, nos prende num determinado lugar mas que também é formadora de terremotos ou abalos sísmicos (que recentemente matou várias pessoas na Itália), tsunamis ou maremotos (terremotos formados na região marítima) e vulcanismos que até hoje são encontrados liberando larvas e formando novas ilhas.
d) Biosfera – camada de vida ou dos seres vivos. Essa camada é uma das que preocupam mais os seres humanos porque apresentam toda nossa biodiversidade passando-se desde as menores espécies até as mais imponentes e com o estabelecimento das cadeias alimentares. Sem ela, por exemplo, os humanos não sobreviveriam já que precisamos de ar para viver e que é formado a partir da fotossíntese (transformação do gás carbônico em oxigênio para a respiração) tanto das espécies vegetais quanto das algas marinhas e uma série de outras atribuições derivadas da natureza.

Contudo, posteriormente a apresentação das camadas relacionadas ao espaço natural, é importante destacar as relações que essas camadas executam entre si, possibilitando justamente a dinâmica que é imprescindível a evolução do planeta. Requisite ao professor que lhe esclareça melhor sobre essa temática inclusive o pedindo para utilizar exemplos ou fazendo desenhos para facilitar o seu entendimento.

2. Espaço geográfico

Esse espaço é também conhecido como 2ª natureza ou espaço cultural ou artificial ou ainda espaço transformado ou modificado. Para a sociedade humana em geral, é ele que mais interessa porque é onde se distribuem as relações entre pessoas, onde os assuntos econômicos são estabelecidos e onde as idéias voltadas para o social podem ocasionar reflexos e discussões. Neste espaço, o homem é o agente de transformação do espaço natural em geográfico e o único praticamente capaz de criar uma organização baseada no raciocínio, com fundamentos e objetivando o bem individual ou coletivo, dependendo-se logicamente dos objetivos a serem vislumbados.
Como exemplos da renovação do espaço geográfico temos a construção de residências, pontes, viadutos, indústrias etc. É importante destacar também que esse espaço não se renova somente no âmbito das construções como também estuda um leque de opções dos matérias que ajudam na transformação desse espaço como ferramentas, utensílios domésticos, materiais de sustentação, entre outros, que surgem com a possibilidade de evolução numa escala de tempo menor e com a eficiência mais apurada, alcançando-se portanto resultados mais avançados. Este fato decorre do desenvolvimento da tecnologia que tem seus prós (produtividade acelerada por exemplo) e seus contras ( aumento do nível de desemprego), porém esta temática será discutida em outra oportunidade.
Um fato que o ser humano deve ter clareza de entendimento é que cada vez mais esse espaço é construído e se renova porque o tempo evolui e com ele os propósitos de vida que o ser humano tem. Temos o conhecimento que a população mundial está aumentando e cada vez mais espaços precisam ser criados para que, numa linha de tempo, ocorra uma estagnação ou parada, caso contrário, no sentido paralelo ao crescimento, teremos um desenvolvimento também da falta de moradia, fome e miséria o que, para termos de século XXI são assuntos a serem corrigidos mas que num enlace de situações, a perspectiva é que aumente cada vez mais.

3. Pontes entre o espaço natural e o geográfico

A principal parte desse texto é a discussão que relaciona os dois tipos de espaço analisados anteriormente. Uma das grandes preocupações que os pesquisadores apresentam atualmente é o nível de degradação que o espaço natural apresenta para a construção do espaço geográfico. Estima-se que, em alguns países, 90% seja formado por espaço geográfico havendo a destruição do espaço natural e que poderia ser renovado e não foi. Nesses países e inclusive no Brasil, o desenvolvimento econômico fala mais alto enquanto os assuntos referentes ao social e o meio ambiente são colocados em segundo plano. O Brasil ainda apresenta uma peculiaridade: possui a maior floresta equatorial do mundo com uma riquíssima biodiversidade mais que abre brechas para o desmatamento, queimadas e extração de espécies vegetais e animais para a comercialização, não respeitando-se nem ao menos o direito dos indígenas. Estima-se que tanto a floresta Amazônica quanto a Mata Atlântica só restam aproximadamente 7% da sua mata original, o que coloca o Brasil como um país que não apresenta políticas públicas concretas e que não fiscaliza corretamente suas fronteiras.
Dentro de um cenário atual onde deve-se preservar o meio ambiente mas também deve-se levar em consideração o lado econômico, pode-se pensar num propósito de equilíbrio desses dois tópicos. Para esse entendimento, surge a idéia de desenvolvimento sustentável que consiste na utilização dos recursos naturais, com reflorestamentos, adaptação a uma dinâmica natural e conservação do meio ambiente, com a evolução econômica extraindo-se as matérias-primas e transportando ao segmento de bens de consumo por exemplo. O problema é que os países sentem uma carência de recursos e precisam utilizar cada vez mais os seus potenciais para se sentirem em equilíbrio com as principais potências ou pelo menos não ficarem a margem.
A discussão da preservação dos espaços naturais anteriormente apresentadas no âmbito de países, pode ser descrito também com relação ao município que apresenta fundamentos o suficientes para se pensar no desenvolvimento sustentável e numa conservação de recursos que vai desde fechar uma torneira para não gastar água como criar espaços de diálogo entre a comunidade para se avaliar o que faz e o que se deve fazer a favor do meio embiente e do favorecimento aos bolsos do cidadão, principalmente em épocas de crise.
Luis Magno

Hipótese 1 – Se seu pai fosse madeireiro e você necessitasse desse dinheiro para sobreviver, como filho, você ainda sim teria preocupação com o espaço natural?

Hipótese 2 – Se você construísse uma indústria e precisasse renová-la mas sem recursos financeiros e não querendo ficar para trás das concorrentes, o que você faria?

Atividade de casa: Depois de ler esse texto de uma forma crítica, crie novas hipóteses de forma argumentativa e criativa sobre o assunto.